Osteopatia e Fitness: “Duas atividades integradas que olham para o corpo e para mente”, by Nélson Silva

Abordar o indivíduo de forma holística e integrada: este é o principal objetivo da Osteopatia, uma técnica preventiva e de regulação do corpo, ajudando a que atletas iniciantes ou profissionais se sintam melhores a fazer exercício. 

Há muitos aspetos positivos em incluir a Osteopatia num plano de treino, tornando-se um complemento ao exercício físico e com impactos a longo prazo. 

Por essa razão, a BOOMFIT volta a dar voz aos profissionais para ajudar atletas e Personal Trainers a darem um boost à sua atividade. 

Estivemos à conversa com Nélson Silva, um apaixonado pelo mundo do fitness. Ele é Personal Trainer e Osteopata, propondo aos seus atletas uma atividade integrada que olha para o corpo e para a mente. 

A Osteopatia “não previne”, mas ajuda a preparar 

Quando falamos com o Nélson sobre a Osteopatia, ele fez questão de esclarecer uma ideia preconcebida: “Não faz sentido olhar para a Osteopatia como algo que previne” lesões, até porque “a lesão em si nunca conseguimos prever”.

Então, de que  forma é que a Osteopatia é uma aliada? Nélson explicou que os “benefícios” que o “trabalho manual integra no corpo humano” são muitos: “O nosso trabalho [enquanto osteopata] insere-se nesse sentido da prevenção, de evitar que as lesões se possam instalar mais rápido e permitir que o cliente consiga treinar com uma maior leveza e que o corpo dele consiga se regenerar e se adaptar de forma mais leve ao exercício”, sublinha. Ao consultar um Osteopata e fazer algumas sessões, “estás mais preparado para reagir às dificuldades e desafios e que o exercício físico pode provocar”. 

Ao consultório de Nélson, chegam pessoas com queixas “cervical (tensão), ombro (tendinite) e coluna lombar (sobrecarga)”, mas os atletas são também alguém com queixas regulares, até porque, “por norma, trabalham sobre um limite  alto em termos fisiológicos”, levando o corpo ao limite: “Enquanto profissionais com várias técnicas manuais, trabalhamos as estruturas, os ligamentos, tendões e músculos que vão tornar o organismo mais leve, mais perspicaz e aumentar a recuperação celular”, afirma, acrescentando que há técnicas que são aplicadas em sessão, como a “técnica de músculo-energia, onde trabalhamos  a força, resistência, flexibilidade e mobilidade. Esta é uma técnica muito específica e boa em termos de resultados clínicos”. 

No entanto, a Osteopatia deve ser avaliada para cada atleta: “É importante perceber qual o limite! Se tivéssemos de criar um panorama de quem pratica exercício físico semanalmente e tem uma sobrecarga, todos os meses deveria fazer um check-up ao organismo”, exemplifica, sendo certo que isso traria benefícios “fisiológicos, psicológicos e hormonais”, especialmente no “sistema nervoso central. Muitas técnicas vão melhorar a sincronização do organismo”, sublinha Nélson. 

O Personal Trainer também defende que, para além dos atletas, a Osteopatia deve ser praticada por outros profissionais do fitness: “Enquanto profissionais, temos de perceber o  valor das áreas, estar por dentro daquilo que é o valor de cada profissional e daquilo que representamos e passamos para as pessoas”, acrescenta. 

Considerações finais

Para Nélson, a Osteopatia é um “complemento” ao exercício, trazendo “leveza” e “preparação” ao corpo para lidar com o exercício físico de outra forma, ajudando-o a lidar com lesões e com o dia-a-dia. 

Por isso, o profissional sublinha que a Osteopatia deve ser incutida aos atletas, mas os Personal Trainers devem também testar por si próprios as vantagens da prática. 

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Bons Treinos!